Confira a programação de mesas e debates da edição especial da Mostra de Cinemas Africanos
Entre os dias 12 e 22 de março de 2021 acontece a edição especial da Mostra de Cinemas Africanos junto ao Cineclube Mário Gusmão, projeto de extensão da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Composta por filmes africanos contemporâneos, muitos inéditos no Brasil, a programação inclui a exibição de 7 documentários em longa-metragem e 14 curtas de ficção, todos legendados em português e disponíveis apenas em território brasileiro. A exibição dos filmes acontece de forma online e gratuita, em parceria com a Spcine Play, única plataforma pública de streaming do Brasil: https://www.spcineplay.com.br/
Como parte da programação acontecerão também 01 mesa redonda e 03 sessões comentadas. Confira os detalhes abaixo e participe.
MESA REDONDA | Ativismos contemporâneos no cinema documentário na África
Com base na programação de longas-metragens desta edição especial, a mesa redonda propõe discutir o cinema documentário contemporâneo na África. A ideia é que seja mais um bate-papo sobre a perspectiva trazida pela própria seleção da Mostra, cujo tema ou recorte central gira em torno de ativismos contemporâneos. Mediada por Gabriela Almeida, a mesa tem como convidados Amaranta Cesar, Dieison Marconi e Gilberto Sobrinho.
Dia 13 de março de 2021, às 17h, neste link.
Amaranta Cesar: professora do Curso de Cinema e Audiovisual da UFRB, tem doutorado em Cinema e Audiovisual pela Universidade de Paris III. É idealizadora e coordenadora do Cachoeiradoc – Festival de Documentários de Cachoeira (BA) e coordenadora do Grupo de Estudos e Práticas em Documentário.
Dieison Marconi: pós-doutorando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM-SP, Doutor em Comunicação pela UFRGS, mestre em Comunicação e Bacharel em Comunicação Social pela UFSM. Se dedica aos estudos das relações entre imagem, estética, política e estudos queer.
Gilberto Alexandre Sobrinho: é professor de estudos de cinema e TV e vídeo, na graduação e pós-graduação no Instituto de Artes da Unicamp. Dirigiu curtas-metragens, videoarte e websérie documental, com foco, principalmente, em questões afro-diaspóricas.
A mediação fica por conta de Gabriela Almeida, professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM-SP, membro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinemas e Audiovisual (SOCINE), produtora e curadora do Seminário Pensar a Imagem, no festival Cine Esquema Novo.
BATE-PAPO | Memória: performatividades entre-tempos (programa de curtas)
De que forma as memórias se manifestam, acalentam ou assombram? A primeira sessão: Memórias: performatividades entre-tempos nos propõe sentir e refletir a invocação da linguagem e a necessidade de um novo olhar, tendo como fio condutor a memória, o tempo e de que modo o corpo e o espaço performam essas histórias. O convite para esse encontro tem como intuito propor uma discussão acerca do tempo e das memórias ancoradas nos corpos. Mediada por Jamile Cazumbá, a conversa tem a participação de Cintia Guedes, Fabio Rodrigues Filho e Musa Michelle Mattiuzzi.
Dia 14 de março de 2021, 17h, neste link.
Fabio Rodrigues Filho atua na crítica, programação, pesquisa e realização em cinema. Mestrando em Comunicação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), graduou-se na mesma área na Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Compôs a comissão de seleção de festivais, mostras e laboratórios de filmes. Realizador do filme ensaio “Tudo que é apertado rasga” (2019). Trabalha ainda como cartazista, realizando pôster para diversos curtas-metragens e mostras de cinema. Contribui com textos para revistas, catálogos, sites e para o blog pessoal Tocar o Cinema.
Cíntia Guedes escreve, pesquisa, é artista e professora da Universidade Federal da Bahia, do Instituto de Humanidades Artes e Ciências Professor Milton Santos. Suas pesquisas atravessam o campo multidisciplinar das artes, e abordam a produção de corporeidades e memórias a partir de perspectivas anti-coloniais e afrodiaspóricas.
Musa Michelle Mattiuzzi é performer, diretora de cinema, escritora e pesquisadora do pensamento radical negro norte-americano. Seus trabalhos se apropriam do/e subvertem o lugar exótico atribuído ao corpo da mulher negra pelo imaginário cisnormativo branco, que o transforma numa espécie de aberração, entidade dividida entre o maravilhoso e o abjeto.
BATE-PAPO | Vivências do novo e perspectivas do agora (programa de curtas)
O que é ser e estar sujeito? A construção sob a perspectiva da infância na sua individualidade é transversal ao externo, ou seja, ao meio social e cultural. A segunda sessão: Vivências do novo e perspectivas do agora traz diversas narrativas em torno das infâncias e tem como proposição um deslocamento do olhar para entendermos e discutirmos suas complexidades. O convite para esse encontro tem como intuito propor uma discussão acerca das narrativas e das formas de narrar essas histórias. Mediada por Álex Antônio, a conversa conta com a participação de Angela Figueiredo e Mirian Reis.
Dia 16 de março de 2021, 17h, neste link.
Mírian Reis é professora de Teoria da Literatura no Campus dos Malês da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira – UNILAB e do Programa de Pós-graduação em Estudos Literários da UEFS. Doutora em Ciência da Literatura pela UFRJ, Mestra em Literatura em Diversidade Cultural pela UEFS e Bacharela em Letras Vernáculas pela UFBA, possui Pós-doutorado em Educação pela UEFS, com ênfase em Formação de Leitores. Coordena o Literarte – Grupos de Estudos em literatura e outras linguagens (UNILAB – DGP/CNPq). Desenvolve pesquisas que trazem como tema as relações entre ficção, memória e história através dos diálogos possíveis entre as diversas expressões artísticas, em especial nos contatos entre literatura e cinema.
Angela Figueiredo é professora Associada II no Centro de Artes, Humanidades e Letras da UFRB e coordenadora do Coletivo Angela Davis, grupo de pesquisa ativista nas áreas de gênero, raça e subalternidade e coordenadora da primeira Escola Internacional Feminista Negra Decolonial. Como pesquisadora, tem atuado nas áreas de Desigualdades Sociais e Raciais, Desigualdades de Gênero, Cultura e Identidade, Classe Média, Beleza, Movimento Sociais, Empreendedorismo, Feminismo Negro e Emprego Doméstico. Nos últimos anos, publicou artigos na área de gênero, raça e feminismo negro. Realiza oficinas e workshops sobre Empreendedorismo, Feminismo negro e Escrita para as mulheres.
BATE-PAPO | Corpo-território: transversalizando os espaços (programa de curtas)
A sessão é sobre romper imagens recriando olhares e corpos que cortam os tempos, é corpo-território, buscando transitar e compreender as complexidades do ser, refletindo sobre os sonhos, as vontades, desejos de trânsito do corpo, a experiência do questionamento de quem se é e para onde deseja ir. O convite para esse encontro tem como intuito propor uma discussão sobre os deslocamentos feitos pelo chão, mas também pela subjetividade. É sobre os saltos que damos e que finalmente perceberemos se a gravidade nos joga de volta para o chão ou nos propõe permanecer flutuando. Mediada por Ema Ribeiro, a conversa tem a participação de Janaína Oliveira e Tatiana Carvalho Costa.
Dia 18 de março de 2021, 17h, neste link.
Janaína Oliveira é pesquisadora e curadora, Janaína Oliveira é doutora em História, professora no IFRJ (Instituto Federal do Rio de Janeiro), e foi Fulbright Scholar no Centro de Estudos Africanos na Universidade de Howard, em Washington D.C. nos EUA. Desde 2009, desenvolve pesquisa sobre as cinematografias negras e africanas, atuando também como curadora, consultora, júri e painelista em diversos festivais e mostras de cinema no Brasil e no exterior.
Tatiana Carvalho Costa é doutoranda em Comunicação Social pela UFMG. Docente no Centro Universitário UNA, em Belo Horizonte, nos cursos de Cinema e de Jornalismo e coordenadora, esta instituição, do projeto de extensão universitária PRETANÇA. Participa do movimento de artes cênicas segundaPRETA e colabora em festivais de cinema e cineclubes como curadora, programadora e júri. É integrante do FICINE – Fórum Itinerante do Cinema Negro – e é conselheira da APAN – Associação de Profissionais do Audiovisual Negro.