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A Sepultura Vazia
The Empty Grave
Tanzânia, Alemanha | 2024 | 97 min | Documentário
Direção: Agnes Lisa Wegner e Cece Mlay
Roteiro: Agnes Lisa Wegner e Cece Mlay
Fotografia: Marcus Winterbauer
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Sinopse
O filme segue a jornada emocional de duas famílias tanzanianas em busca de seus ancestrais roubados. A busca os leva à Alemanha, onde dezenas de milhares de crânios e ossos das antigas colônias alemãs estão armazenadas em depósitos de museus – um legado assustador da pilhagem colonial do começo do século XX, quando restos mortais eram roubados para pesquisa racista e como troféus macabros. Situado no presente, o filme desvenda os duradouros vestígios e traumas causados pelos crimes coloniais sobre as famílias e comunidades do país. Ao navegar pelo obscuro labirinto da burocracia da Alemanha e da Tanzânia, o filme revela a luta para computar esta dolorosa história. Enquanto a questão tem ganhado atenção política, o filme muda de perspectiva e destaca a resiliência das famílias e examina a fundo a complexidade envolvida nas ações de identificar e repatriar os restos mortais.
Sobre as diretoras
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Agnes Lisa Wegner cursou Estudos Americanos e Ciências Cinematográficas em Berlim e Estudos Afro-americanos na Universidade de Harvard. Após seu mestrado na Universidade de Freie (Berlim), ela trabalhou com organizações alemãs de direitos humanos por vários anos (Fundação Pro Asyl e Fórum Menschenrechte). Em 2013, ela começou a trabalhar como roteirista e diretora freelancer. Desde então, ela escreveu e dirigiu muitos filmes que foram exibidos em festivais internacionais de cinema, na televisão pública alemã e na Netflix Europa. Seus premiados documentários – dentre os quais King Bansah and his Daughter, No Fucking Ice Cream e The Girl with the Long Hair – são caracterizados por seu intenso envolvimento com temas como discriminação, racismo, direitos humanos e solidariedade. Ela mora em Mannheim, Alemanha.
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Cece Mlay gosta do trabalho comunitário de fazer filmes. Ela atualmente trabalha na Kijiweni Productions como assistente de direção e supervisora de criação. Ela tem colaborado com diferentes departamentos e com artistas de várias áreas em projetos sendo desenvolvidos por cineastas tanzanianos e de outros países. Tais histórias exploram de maneira honesta e crítica temas sociais, políticos e históricos. Cece Mlay trabalha com séries de TV, longas-metragens, curtas-metragens e documentários, como: Siri ya Mtungi (2013-2014), Shoe Shine (2014), Aisha (2016), Vuta N’Kuvute (2021) e Apostles of Cinema (2023). Ela mora em Dar es Salaam, Tanzânia.