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Didy
Didy
Suíça | 2024 | 90 min | Documentário
Direção: Gaël Kamilindi e François-Xavier Destors
Roteiro: Gaël Kamilindi e François-Xavier Destors
Fotografia: Eva Sehet
Sinopse
Gaël Kamilindi tinha apenas cinco anos quando sua mãe Didy faleceu. As memórias de sua presença foram perdidas na fúria das crises provocadas por guerras civis, pelo genocídio e pela AIDS, que devastaram Burundi e Ruanda. Tais eventos precipitaram seu exílio para a Suíça. Hoje, ele se aventura a reabrir as páginas de sua história familiar, encontrando os homens e mulheres que conheceram, amaram e guiaram sua mãe, e que possuem, cada um à sua maneira, um fragmento dela. Seguindo os passos de Didy em direção a Ruanda, Gaël esboça um retrato de sua mãe e de uma geração de mulheres ruandesas que sobreviveram ao pior.
Sobre os diretores
Formado pelo Conservatoire National Supérieur d’Art Dramatique de Paris em 2011, Gaël Kamilindi é ator. Cidadão suíço originário de Ruanda e Israel, ele trabalhou com diretores como Bob Wilson, Jean-Pierre Vincent, Krzysztof Warlikowski, Denis Podalydès, Ivo Van Hove e Thomas Ostermeir. É membro da trupe Comédie-Française desde fevereiro de 2017. Didy, que co-dirige com François-Xavier Destors, é seu primeiro filme como diretor.
Os filmes de François-Xavier Destors exploram o lado invisível dos crimes em massa. Seu compromisso como cineasta foi forjado em Ruanda, entre os sobreviventes do genocídio Tútsi. Seu primeiro documentário de longa-metragem, Rwanda, la surface de réparation (2014), conta a história do genocídio através do papel social, político e cultural do esporte em Ruanda. Ele é autor de vários documentários históricos, como Les voix de Srebrenica, Paris, une histoire capitale e Les années 68. Norilsk, l’étreinte de glace (2018) é uma exploração cinematográfica de nossa capacidade de nos adaptar e sobreviver à história coletiva de nossas sociedades industriais. Junto com seus filmes para televisão (como Mandela, um Símbolo Contra o Apartheid e Thiaroye 44), François-Xavier Destors continua sua exploração cinematográfica de territórios sacrificados ao desvendar um ecocídio às portas da Europa com Toxicily (2024). Didy é seu terceiro longa-metragem como diretor.